Quanto do Coringa há no seu dia a dia?
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Quanto do Coringa há no seu dia a dia?



“Desculpa, mas não posso lhe ajudar.” “Perdão, mas infelizmente não temos esse medicamento.” “Infelizmente, não temos vaga disponível na creche.” O filme Coringa foi um choque de tanta realidade. Relatou o que presenciamos entre as entrelinhas da vida no nosso cotidiano. É por negações do Estado e do Governo de garantir e manter os direitos de cada cidadão e ser humano, a ter o básico para viver dignamente. A ausência de políticas públicas efetivas, nos faz encarar todo esse contexto recorrente como normal. A falta de atenção ao próximo, os medos do que o desconhecido pode nos trazer, causa todo o mal a sociedade. Vivemos para sobreviver e lutamos para ter um pouco de fôlego, para nossas realizações de uma inflação nunca favorável a minoria. Não sou fã do Coringa, mas este, foi o filme que mais me identifiquei como uma pessoa abandonada como tantas e com vários problemas, que a única coisa que me diferencia é a esperança de algo melhor no futuro, mas principalmente, por ter uma saúde emocional saudável, para não me entregar aos devaneios da vida e da sede de justiça com as próprias mãos. Quantas vezes, vimos notícias de suicídio, de massacre em massa, de corrupção entre tantos outros, que podem ter sidos gerados pela falta de amparo desde a existência desse “criminoso”. O Coringa não só contou a origem de um vilão, mas retratou o nosso dia a dia, para mantermos nos conscientes das nossas atitudes. Claro que o fato de matar, nunca justificará a inocência de um vilão, mas nos faz perguntar: Quantos vilões criamos por dia? Ou Quantos proibimos que nasçam? Não é à toa, que campanhas sociais e até políticos em tempo de eleições declaram que a educação é o futuro. Você só cria um futuro para a humanidade, se você a prepara psicologicamente e socialmente para um bem comum, isso acaba se tornando uma utopia, pois os dilemas políticos ainda são os mesmos, desde que eu era criança. Somos todos palhaços e esperando o circo pegar fogo e se não pegar, vamos as ruas, quando mexem no nosso bolso, caso contrário, esperamos mais quatro anos para anular o nosso voto. Que mudanças esperar? Quantas bolsas de auxílio teremos que receber, para compreender que isso é uma migalha dos nossos reais direitos? Assim, até que a corrupção acabe, que as desigualdades tenham fim, que o dinheiro valha menos que um ser humano, continuaremos a tratar nossas mazelas com a fé, álcool, entretenimento com garantia de meia entrada ou o que cada um achar melhor, pois as desculpas ainda irão existir.

Enfim, até o próximo filme.

Aline da Silva Gerente de Projeto

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