Quando a Prova de Humanidade Vira Receita: Quem Paga a Conta do World ID?
Se o Produto Não É Você… Quem Sustenta o Sistema da Prova de Humanidade?
Foi anunciado uma taxa de uso da World ID, ou seja, alguém precisa pagar para usar a World ID. Entenda aqui como funciona , risco ou oportunidade?
Como funcionam, na prática, as Taxas do World ID
Por que criar taxas?
O World ID precisa de uma fonte de receita para se manter e, ao mesmo tempo, motivar quem emite credenciais (por exemplo, a prova de humanidade feita pela Orb). As taxas resolvem as duas coisas sem cobrar nada do usuário final.
Quem paga?
Usuários: continuam gratuitos.
Aplicativos e sites que integram o World ID: passam a pagar cada vez que pedem uma prova (ou outro modelo que o emissor escolher). Pense neles como quem paga a “conta de luz” para usar o serviço.
Em que moeda?
Sempre em WLD, o token do ecossistema. Os apps precisam manter uma carteira com saldo WLD (ou pagar a um serviço que abasteça a carteira e depois cobre em moeda local).
Dois componentes da taxa
ComponenteVai paraPara quê?
Taxa de credencialEmissor da credencial (ex.: World Foundation pela Orb, ou uma universidade se emitir diploma)Compensar quem cria e mantém a credencialTaxa de protocoloProtocolo World IDCustear o funcionamento e evolução da rede
Para o app, aparece tudo somado como “Taxa World ID”.
Como a cobrança acontece (resumo técnico simplificado)
O app pede uma prova (“Mostre que este usuário é humano único”).
O usuário confirma pelo app/carteira.
Um smart‑contract na blockchain privada do World ID verifica se a carteira do app tem WLD suficiente, debita a taxa e só então gera o recibo que permite criar a prova.
Como a blockchain é “de estado privado”, ninguém vê dados pessoais, mas o protocolo garante que nenhum app burle o pagamento. World - The real human network.
Modelos de preço possíveis (cada emissor escolhe)
Por prova (cada verificação paga X).
Por usuário ativo/mês (cobrança na primeira prova daquele mês).
Camada gratuita inicial (ex.: primeiras 1 000 provas grátis).
Desconto por volume ou para ONGs.
Planos “combo”: provas que exigem mais credenciais (ex.: “humano + maior de 18 anos”) podem custar mais.
Para onde vai o dinheiro?
Emissores podem usar sua parte como quiserem (manter servidores da Orb, financiar novos tipos de credencial, etc.).
Protocolo (governado hoje pela World Foundation e, no futuro, pela comunidade) pode:
Financiar expansão da rede (novas Orbs, apoio a desenvolvedores).
Distribuir “tokens de usuário” ou até queimar parte das taxas, reduzindo oferta de WLD.
Linha do tempo
A especificação técnica fica pronta para revisão pública até 3º trimestre/2025.
Um piloto de cobrança deve ocorrer ainda no 3º tri/2025. World - The real human network.
Analogia rápida
Imagine o World ID como um CPF universal que não revela seus dados. Tirar o CPF é gratuito, mas os serviços (apps) que pedem “mostre seu CPF” pagam uma micro‑taxa. Essa taxa sustenta o cartório (protocolo) e remunera quem emitiu aquele CPF específico.
Com isso, o World ID continua grátis e privado para as pessoas, enquanto cria um modelo econômico para crescer e se manter no longo prazo.
Quem são os emissores e como funciona os valores de taxas da credencial dos emissores?
Como funciona o “mix‑and‑match” de credenciais e taxas
World Foundation (emissor da Orb) • Continua emitindo a Prova de Humanidade (credencial Orb) • Não permite que terceiros emitam outra “Orb”Taxa da credencial Orb, definida pela World FoundationSempre que o app pedir uma prova que use a credencial Orb
Entidades externas (novos emissores) • Podem criar suas próprias credenciais (idade, diploma, score de crédito, etc.) • Podem decidir exigir a credencial Orb como pré‑requisito, se quiserem mais segurança
Cada emissor define sua própria taxa de credencial • Quando o app usar só a credencial externa → paga só essa taxa + taxa de protocolo • Quando o app exigir Orb + credencial externa → paga as duas taxas de credencial somadas + taxa de protocolo
Protocolo World ID • Garante o funcionamento, a cobrança automática e a privacidade
• Cobra uma taxa de protocolo fixa (base + pequeno “markup”)
Governança do protocolo (hoje, World Foundation; depois, comunidade)Incluída em toda transação, independentemente das credenciais usadas
Passo a passo de um cenário prático
Uma universidade vira emissora e cria a credencial “Diploma‑Verificado”.
Ela decide: “Para emitir meu diploma na rede, o aluno precisa ter a prova de humanidade da Orb”.
O aluno já tem Orb?
Sim: paga só a nova taxa de “Diploma‑Verificado” (além da taxa de protocolo).
Não: primeiro faz a verificação Orb (o app da Orb paga a taxa Orb) e depois o diploma é emitido.
Quando um aplicativo de emprego exigir “Humano único + Diploma‑Verificado”, o contrato inteligente:
Debita a taxa Orb (vai para a World Foundation).
Debita a taxa Diploma‑Verificado (vai para a universidade).
Debita a taxa de protocolo (vai para o tesouro do protocolo).
Só então libera o recibo que permite gerar a prova composta.
Resumo das regras‑chave
Todo emissor novo escolhe:
Conteúdo da credencial (o que ela prova).
Se exige ou não a Orb como base.
Quanto vai cobrar pela sua credencial e qual modelo (por prova, por usuário/mês, etc.).
Ninguém além da World Foundation pode emitir provas de humanidade via Orb – isso garante um padrão único de “unicidade humana”.
Os aplicativos só veem a soma das taxas relevantes; pagam em WLD e recebem a prova desejada.
Os usuários finais continuam sem pagar nada e, graças ao encadeamento de credenciais, podem provar múltiplas informações sem expor identidade.
Assim, emissores externos podem criar credenciais próprias e usar (ou não) a prova de humanidade da Orb. As taxas que cada um define entram no cálculo final cobrado dos aplicativos, mantendo o sistema sustentável e flexível.
MAS AFINAL QUANTO VAI CUSTAR USAR A WORLD ID?
Então, chegando aos finalmente
Ainda não existe um valor fixo divulgado para a taxa da Prova de Humanidade (Orb).
Pelo desenho apresentado:
Quem define o valor é a World Foundation, porque ela é a emissora dessa credencial.
O montante exato e o modelo de cobrança (por‑prova, por usuário ativo/mês, faixas gratuitas etc.) serão detalhados só quando a fundação publicar a versão final do mecanismo — prevista para consulta pública e piloto no 3º trimestre de 2025.
Portanto, por enquanto só se sabe que:
A taxa será cobrada em WLD (token do ecossistema).
Ela será composta pela taxa de credencial (Orb, definida pela World Foundation) + uma taxa de protocolo (markup fixo decidido pela governança).
Assim que a fundação publicar os valores ou a fórmula exata, os aplicativos que usam o World ID passarão a ver essa taxa somada automaticamente ao custo total de cada prova que exija a credencial Orb.
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Fontes: