Capítulo 4 - Pensamentos e Reflexões - Parte 1
Mentalidade é a chave para a construção de um futuro digital
COMETA ERROS MARAVILHOSOS
Erre muito e acerte ainda mais
Apenas quem realiza pode errar; a melhor maneira de não errar é não fazer. Você se lembra quando foi a última vez que errou como profissional? Durante muito tempo não tivemos a oportunidade de errar de verdade. Temos tanto medo da frustração do erro que deixamos de fazer muitas coisas. Aprendemos na escola que o erro deve ser punido. Pessoas que erram não crescem. Pessoas que erram são punidas e avaliadas. Associamos os erros ao negativo. A pessoa que errou muitas vezes está mais próxima de acertar, de realizar algo grande! O que você faria se não tivesse medo?
SUA PRÓPRIA TEORIA, SEU PRÓPRIO CONHECIMENTO
Você criou sua própria teoria?
Durante nossa vida, aprendemos e obedecemos sempre. Será que você, dentro da sua experiência profissional, não teria nada para compartilhar? Nada importante? Talvez uma experiência profissional que lhe ensinou algo incrível que não está escrito em nenhum livro. Você aprendeu a replicar o conhecimento, mas esqueceram de lhe ensinar a pensar por si só.
O JEITO HACK DE PENSAR AS COISAS
Como se tornar mais eficiente pensando em alternativas
Solucionar problemas é algo que todos deveríamos fazer. Muitas vezes, apenas aceitamos rotinas de trabalho ou tarefas improdutivas. A internet nos dá uma infinidade de ferramentas que podem nos tornar mais eficientes e produtivos. Há ferramentas para todos os tipos de problemas. Aumentar seu repertório de ferramentas torna possível solucionar problemas de maneira mais rápida e eficiente. Maior impacto e menor esforço. Tudo deveria ser simples, sem precisar ser simplificado. É muito fácil você apontar problemas, o dífícil é ver soluções. A produtividade envolve reduzir o tempo gasto para um processo e aumentar sua entrega e resultados. Intranet é um problema do passado; já existem alternativas com preço muito acessível e totalmente online. A automatização de processos existe. Há desde macros em Excel até aplicativos online que oferecem soluções prontas e, as vezes, até gratuitas. Cuidado com a arte da problematização. Qualquer um pode ser um especialista em problematizar. Por vezes, ele até tem um papel importante mas, no mundo corporativo atual, precisamos muito mais de resolvedores de problemas. Antes de vir com um problema, pense em três soluções.
O LIVRE COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÃO
Informação é algo abundante, não algo escasso.
Diferentemente do mundo real, o ambiente virtual multiplica, de forma ilimitada, as informações. Tudo que não é físico é facilmente multiplicado sem muito esforço. Isso torna todo tipo de dados algo facilmente replicado.
Agora imagine se todo o conhecimento fosse de livre acesso. Laboratórios que buscam a cura do câncer compartilhando abertamente seus avanços com outros. Poderíamos chegar ao resultado muito mais rápido.
Muitas pessoas que têm mais experiência profissional devem ter criado muitos documentos, como planilhas de Excel, textos em Word e apresentações de Powerpoint. Imagine se você pudesse compartilhar todos os documentos que já utilizou com outras pessoas. Esses documentos poderiam ser material de estudo valioso para alunos de faculdades.
Porém, ainda vivemos na época da pseudo segurança da informação. Ainda tratamos, de forma mesquinha, nossos dados “confidenciais”.
Os ditos arquivos confidenciais têm apenas um destino: o esquecimento. Arquivos valiosos caindo no total esquecimento. Ainda precisamos nos desapegar de valores passados para que possamos usufruir do maior potencial da internet. Segundo o livro de Damrong Pinkoon, o Manual do Líder Criativo, a chegada da internet nos trouxe a era da informação. A “segurança da informação” era a palavra da vez e “conhecimento é poder” é lema. Essa era acabou com a chegada das redes colaborativas, dando as boas vindas à era da AGILIDADE. O livre compartilhamento de informações pode tornar o mundo muito melhor.
QUER FICAR RICO?
Muitas vezes na nossa vida teremos reuniões que podem mudar nossa forma de pensar
Foi em uma dessas reuniões que aprendi algo importante sobre a Internet. A tendência é que a abundância de informações crie um grande mar de sangue, onde todos estamos brigando por um pouco de atenção. Para se obter sucesso, precisamos ir além. Um dia, conversando com um executivo bem sucedido no mundo da Internet, ele me disse o seguinte: - Juliano, você quer ficar rico? Crie filtros de informação. Em um mundo em que todos são produtores de conteúdo, os filtros de conteúdo são escassos. Um bom filtro vale muito dinheiro. Dois filtros de informação mais valiosos do mundo? Facebook e Google. Realizar uma curadoria de conteúdo em que existe um número infinito de novas publicações é algo que parece impossível. Realizar essa curadoria de forma manual é descabido. Pra ficar rico nesse universo digital, você precisa ser capaz de conectar as pessoas certas com o conteúdo certo, de um jeito rápido e simples. O Google é apenas um buscador. O Facebook apenas uma rede social. O Whatsapp apenas um comunicador. O Youtube apenas uma TV colaborativa.
A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO E SUA RELAÇÃO COM A REDE SOCIAL
Vivemos um mundo de falsas percepções.
A alegoria da caverna de Platão representa muito do que vivemos quando estamos imersos na internet. O que estamos presenciando nas redes sociais são apenas sombras mal-formadas de pessoas brincando com nossa imaginação. Ainda são poucas as pessoas que puderam ver o exterior dessa caverna. Entender o que são as sombras que você vê nas redes sociais permite uma compreensão maior do mundo. Cuidado pois uma falsa visão do mundo, vista através das redes sociais, pode lhe iludir e lhe acomodar. Porém, compreender também lhe dá uma grande responsabilidade, lhe traz um grande poder. Lhe responsabiliza a contar a verdade para quem vive na caverna. Será que você, sabendo de tudo isso, ainda continuará vivendo em seu próprio mundo digital? Ainda que possamos nos desapegar de todas as ideias tradicionais, saber da verdade nos deixa desconfortável. Seria melhor ignorar e deixar como está? Se você leu este livro até aqui, sinto dizer que você escolheu a pílula vermelha.
A “alegoria da caverna”, de Platão, conta a história de pessoas que nasceram aprisionadas em uma caverna. Elas eram mantidas na escuridão vendo apenas a sombra projetada de objetos. Esses objetos eram segurados por pessoas em frente a uma fogueira. Num paralelo, a fogueira são a internet e os sites que podemos acessar. As pessoas que navegam na internet podem ver apenas a sombra de objetos criados por outras pessoas. Esses objetos deveriam apenas entreter, mas são tomados como verdade pelos habitantes da caverna. Assim como acreditamos, sem questionar, em muitas notícias que chegam para nós. Continuando com a história, em dado momento alguém conseguiu escapar dessa prisão e viu o que existia fora da caverna. Ele foi exposto à luz do sol e, num primeiro momento, seus olhos doeram muito. Os olhos logo se acostumaram, e viram o mundo maior e colorido que existia fora da prisão. Ao tentar voltar para contar sobre a realidade, foi considerado louco. Tentando arrastar alguém para fora, os habitantes o consideraram uma grande ameaça. Afinal, os olhos desse retornante não enxergavam mais na penumbra da caverna e suas palavras eram “loucuras” que poderiam contaminar aos outros. O fim da alegoria conta como a pessoa que viu a realidade é morta pelos prisioneiros. O que Platão mostra é muito do que vivemos na internet. Vivemos olhando para uma pequena tela pensando que nossa realidade está ali dentro. O mundo é bem maior do que você imagina.
A PERCEPÇÃO DE VALOR E VOLUME DE TRABALHO
Um pensamento sobre a forma de trabalhar do autor
Há algum tempo conheci uma pessoa que admirava meu trabalho. Quando perguntei o motivo, tive a seguinte resposta: “você faz muitas coisas, portanto deve trabalhar muito. Como você tem tanto tempo?” Parei e respondi que não investi tanto tempo assim, quanto parece. Pensei mais sobre o assunto e comecei a me perguntar porque havia essa percepção de que eu trabalhava demais. Trabalhei muito pouco e, na minha percepção, não dediquei tanto tempo assim na construção da minha carreira. Apenas fiz o que gostava e que achava correto. Lembrando disso, percebi que a imensa percepção de valor vinha da grande variedade de coisas que havia realizado. Mesmo que o volume de trabalho em cada tarefa fosse pequeno, a percepção de valor para a maioria das pessoas era gigante. Ouvi isso de uma pessoa “carreirista” (termo designado para pessoas com uma carreira pré-estabelecida dentro de uma profissão). Essa pessoa batalhou muito, mas sempre executou uma mesma função, com tarefas pré-definidas, por anos. Tomei a liberdade de comparar e compreender o que ocorria. Pelo meu entendimento, a pessoa que me abordou teve uma carreira de muita batalha para subir de cargo dentro de uma empresa. Essa escalada acontecia aos poucos, e por vezes poderia levar mais de dois ou três anos. Ela subiu devagar, ganhando confiança e trabalhando duro na rotina importante para aquela empresa. Ao comparar com minha vida profissional, comecei a perceber prós e contras para ambos.
Em ambos os casos temos prós e contras. Ambos chegaram ao sucesso de maneiras diferentes. Ainda assim, uma carreira segura e estável é o que a grande maioria deseja. Eu mesmo desejo isso. Contudo, em minha vida profissional, sempre fui um pouco resistente a rotinas!
Capítulo 4 - Processo de Trabalho - Parte 2
Costumo utilizar algumas rotinas para ter o máximo de eficiência possível. Uma das rotinas de produção digital que sigo é a criação de conteúdo relevante dentro da minha área de atuação.