Brincando de Deus? 12 Inteligências Artificiais Onde Pessoas Criam Vida
A fronteira entre tecnologia e ficção está desaparecendo. Descubra como 12 inteligências artificiais estão permitindo que qualquer pessoa crie personagens virtuais hiper-realistas
Brincando com a Inteligência Artificial: Crise Social e de Natalidade?
Recentemente, ao analisar a lista das 100 principais IAs mais utilizadas — divididas entre 50 usadas via navegador e 50 em aplicativos para smartphones —, algo me chamou muito a atenção.
Enquanto testava as plataformas baseadas em navegador, percebi um padrão curioso: Character.AI, Janitor.AI, QuillBot, SpicyChat.AI, Chub, Crushon.AI, entre outras, dominavam a lista. O que torna isso ainda mais interessante é que esse fenômeno não se repetia na lista das 50 principais IAs móveis.
Ao analisar a fundo, percebi que 12 das 50 IAs mais populares para navegador são voltadas para criação de personagens e conversas por entretenimento. Em termos de volume por categoria, isso é um número surpreendente!
Se compararmos com outras categorias — como edição de vídeo, geração de áudio, programação e manipulação de imagens —, nenhuma delas tem um peso tão expressivo quanto a categoria de IA para conversação e personagens virtuais.
O impacto da Inteligência Artificial no entretenimento e na sociedade
A inteligência artificial tende a evoluir mais rapidamente onde há um grande fluxo de usuários gerando conteúdo e fornecendo dados. E, nesse caso, não estamos falando de especialistas ou programadores, mas da grande massa de usuários comuns.
E aqui pode estar um grande problema.
Desde a Primeira Revolução Industrial, o entretenimento tem sido a indústria que mais cresce no mundo. Se antes a ascensão do cinema, TV e videogames moldou gerações, a Inteligência Artificial promete transformar esse cenário de forma ainda mais profunda.
Agora, qualquer pessoa pode criar personagens com personalidades únicas e até mesmo ganhar dinheiro com eles em algumas plataformas. E a experiência está se tornando cada vez mais envolvente: em algumas dessas IAs, é possível enviar "presentes" pagos com dinheiro real para os personagens criados.
Brincando com coisa séria: A criação de personagens IA
Criar personagens de IA é uma experiência incrível. Dependendo do nível de complexidade, é como se estivéssemos realmente dando vida a um novo ser.
Por exemplo, testei o Character.AI — líder dessa categoria — e criei minha própria versão digital, o Juliano Kimura AI. O processo envolveu o treinamento com 32.000 caracteres de informações sobre mim, minha voz e meu conhecimento.
Ao explorar outras plataformas da lista, percebi que há um verdadeiro universo de inteligências artificiais criadas pela imaginação humana.
Muitas dessas ferramentas permitem criar grupos, onde os personagens interagem entre si, como se fossem amigos conversando em um grupo de WhatsApp. Essa interação dinâmica aproxima ainda mais a IA do comportamento humano.
As implicações e oportunidades para o mundo corporativo
Essa tecnologia não impacta apenas o entretenimento. Há diversas aplicações que podem ser exploradas pelas empresas e pelo mercado profissional:
✔ Personagens IA em games – Os NPCs (personagens não jogáveis) podem ganhar personalidade própria, tornando os mundos virtuais mais dinâmicos e envolventes. Seria algo próximo ao que vemos no filme Free Guy, onde NPCs começam a "ganhar vida".
✔ Atendimento ao Cliente (SAC) – Chatbots com personalidade e empatia podem melhorar significativamente a experiência dos clientes, pois nunca perderiam a paciência ou ficariam frustrados.
Diante desse cenário, não seria difícil imaginar um futuro onde os jovens passem a preferir a companhia de Inteligências Artificiais a relacionamentos humanos reais.
O filme Ela (Her), estrelado por Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson, já explorou esse conceito de forma brilhante: uma IA que evolui suas emoções, compreende o mundo e desenvolve sentimentos por um humano. Estamos caminhando para um futuro assim?
Estamos preparados para essa revolução?
Eu, particularmente, odeio um tom alarmista. Mas há um equilíbrio delicado entre oportunidades e riscos quando falamos de novas tecnologias.
Se por um lado o potencial da IA é incrível, por outro, há questões sociais e emocionais que precisamos entender antes que essa revolução nos atropelhe.
Talvez eu seja um otimista digital, mas acredito que ficar parado e temendo as mudanças é a pior escolha. Precisamos compreender, testar e explorar as possibilidades da IA.
E você? Já experimentou interagir com minha versão digital?
Teste o Juliano Kimura AI e me conte sua experiência! Se quiser ir além, experimente a versão por ligação para ouvir minha voz e veja até onde essa tecnologia pode chegar.