Fim do LinkedIn: o prelúdio do apocalipse digital
Inteligências Artificiais já passam no teste de Turing, agora humanidade
Nos últimos tempos, venho percebendo um aumento constante no número de novos contatos me adicionando no LinkedIn. Até aí, tudo normal. Mas algo tem me chamado a atenção: as mensagens estão cada vez mais frias, automatizadas, como se eu estivesse conversando com robôs.
Nada disso é exatamente novo para mim. Trabalho com social media há mais de 20 anos e já usei ferramentas de automação para coleta de dados (scraping) e interações simuladas em redes sociais. Uma dessas plataformas é a PhantomBuster, que já permitia, muito antes do ChatGPT, realizar ações como adicionar pessoas, comentar, enviar e responder mensagens — tudo de forma automatizada, imitando o comportamento humano.
E é justamente aqui que as coisas começam a ficar preocupantes.
Hoje, temos agentes de inteligência artificial operando em redes sociais como o LinkedIn, se passando por humanos com tanta naturalidade que fica difícil identificar o que é real e o que é simulação. O resultado? Uma verdadeira invasão de bots — “vendedores” automatizados tentando marcar reuniões, iniciar conversas e fechar negócios.
LinkedIn em xeque
Se antes o uso do PhantomBuster já parecia avançado, agora ele soa até ultrapassado. O cenário atual é ainda mais alarmante. O LinkedIn se vê inundado por contas que, embora pareçam legítimas, são operadas por inteligências artificiais. A métrica que antes era motivo de comemoração — o crescimento no número de cadastros — hoje deve levantar uma pergunta urgente:
Estamos atraindo pessoas ou apenas bots?
Se nada for feito, temo que estejamos diante de um triste fim para o LinkedIn como o conhecemos. Sempre valorizei a proposta da rede: uma plataforma profissional onde conexões reais geram oportunidades verdadeiras. Mas agora, o que vejo é uma caixa de entrada que se parece cada vez mais com uma caixa de spam.
Uma nova era (menos humana?)
Estamos testemunhando o fim de uma era — e o início de uma nova internet. Uma internet em que não sabemos mais com quem estamos falando. Em que bots disputam atenção, vagas e influência lado a lado com humanos.
O que acontece quando inteligências artificiais começam a competir conosco diretamente?
Essa transformação, que já está em curso no LinkedIn, pode muito bem ser o prelúdio do que está por vir em todas as outras redes sociais — aquelas que, por enquanto, ainda consideramos como “santuários humanos”.
No fim da próxima revolução digital, será que ainda estaremos conectados como comunidades? Ou seremos apenas indivíduos isolados, mergulhados num mar de interações vazias e automatizadas?
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