CPI da Íris: O que está em jogo não é só tecnologia – é o futuro do Brasil
O escaneamento da íris é só o começo: estamos decidindo quem controla o futuro da identidade, da privacidade e da verdade no Brasil.
A CPI da Íris é a primeira comissão parlamentar no Brasil a colocar em pauta temas como biometria, blockchain, identidade digital e inteligência artificial — todos em uma mesma mesa. Isso a torna a mais importante CPI já realizada no país sobre internet e tecnologia.
Vivemos numa era em que é possível criar um vídeo com voz e imagem de uma pessoa que nunca disse ou fez aquilo. Deepfakes, fraudes, perfis falsos e golpes digitais se tornaram parte do cotidiano. A pergunta que se impõe é: como saber o que é real?
É nesse contexto que surge o projeto World ID: uma espécie de "Credencial digital que prova unicidade", baseado em prova de humanidade. Ou seja: uma tecnologia que garante que por trás de uma conta, uma transação ou uma decisão existe um ser humano único, e não um robô, uma IA ou uma fraude.
E se a tecnologia que pode nos proteger for banida?
Muita gente vê o escaneamento de íris com desconfiança. Isso é natural, e inclusive saudável. Mas criminalizar a tecnologia sem compreendê-la pode nos levar a um erro histórico. A verificação de humanidade pode se tornar obrigatória em várias esferas do mundo digital, e o Brasil pode perder o timing se não souber lidar com isso de forma técnica e ética.
Se essa CPI for conduzida com equilíbrio e abertura, o Brasil pode se posicionar como referência global na regulação ética da tecnologia. Mas se prevalecerem o medo, o populismo e a ignorância, podemos nos isolar de um ecossistema que está apenas começando.
Mais que escaneamento: estamos falando de combate à fraude, inclusão e governança digital
Durante minha fala na CPI, destaquei um caso real: criamos uma solução para distribuir cestas básicas de forma 100% rastreável e justa. Cada pessoa recebe uma única cesta, verificada por sua identidade digital. Isso elimina fraudes e garante que o recurso vá para quem realmente precisa.
Agora imagine essa lógica aplicada ao Bolsa Família, a votação digital, o acesso a serviços públicos, o controle de spam, ou mesmo à segurança de redes sociais. Estamos falando de um salto civilizatório.
Meu papel nesta CPI
Fui chamado como testemunha , por minha trajetória de mais de 20 anos com tecnologia, redes sociais e inovação digital. Já palestrei para o Facebook Brasil, fui eleito duas vezes o melhor profissional de redes sociais do país e hoje atuo no Comitê de Tecnologia da OAB-SP e como embaixador do iColab, instituto acadêmico focado em blockchain. Estudo o projeto World ID desde 2023, antes mesmo de seu lançamento global.
Sim, prestei consultoria pontual para a empresa Tools for Humanity, mas nunca fui contratado para defender o projeto nem represento a empresa. Minha visão é técnica, ética e estratégica — e minha missão é contribuir para que o Brasil compreenda o que está em jogo.
O que o Brasil precisa aprender com essa CPI
🔍 Regular com equilíbrio: não podemos sufocar a inovação por medo do desconhecido.
🎓 Educar especialistas e sociedade: é preciso investir em formação técnica e combate à desinformação.
🤝 Colaborar com responsabilidade: governo, empresas e sociedade civil devem construir juntos uma internet mais segura e justa.
🌍 Pensar globalmente, agir localmente: outras nações já estão se posicionando. A pergunta é: o Brasil será líder ou espectador?
Para concluir…
A CPI da Íris não é sobre uma empresa. É sobre o futuro. É sobre como vamos proteger o que temos de mais precioso no século XXI: nossa identidade digital.
Ignorar esse debate ou tratá-lo com simplificações é um risco que não podemos mais correr.
A tecnologia não é o inimigo. O inimigo é a falta de preparo para usá-la com sabedoria.
📣 Vamos juntos construir um futuro digital com ética, inovação e responsabilidade. Acompanhe minha participação na CPI e compartilhe essa reflexão com quem precisa entender que o futuro está batendo à porta. E ele pede por consciência. 🚪⚙️